Primeiro de tudo, devo dizer que
a informática assassina a literatura, pois o tempo de inicialização do Windows
broxa qualquer criatividade....
Mas este é um texto sobre a
noite. A noite é pouco vista. É pouco entendida... olhos astutos logo percebem
uma determinação doentia na vida baseada em álcool, amendoim e azeitonas: elas
guardam relação com problemas maiores e mais
horrendos....
Existem dois tipos de bêbados no
mundo. 1° Os que, inciantes, percebem de
pronto a própria carência e, logo, jogam a quarta cerveja no bueiro, o amendoim
no bolso, e partem para suas camas relativamente quentes e claramente vazias.
2° os que não desistem, e bebem a quarta, a quinta, a sexta, o uísque e a
vodka... dormem na rua... acordam, e recomeçam, sem esperança, pois já não há
cama, composta ou vazia, para ocupar, já não há lugar... Uma punheta na
sarjeta! Um vômito sobre o esperma e eles sentem-se, finalmente, como os vermes
parasitas que acreditam ser...
De repente alguém os olha... E,
novamente, estão grávidos... Gestam na mente a maldita ideia redentora das
dores irremediáveis, somente para perceber que, irremediável, é a verdade. A
verdade de que, por mais amendoim e azeitona que se coma. Por mais álcool que
se ingira, a única e perpétua realidade é a de que a ideia e o algo são antagônicos.
Heis um verme,
alimentado por grãos e frutos. Um morto, que goza sozinho, pois, a dois, seria
uma divisão de nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário