quinta-feira, 27 de junho de 2013

O povo está com merda na cabeça e a ditadura na lembrança!

Em 1983, no Brasil, surgia a Lei de Segurança Nacional. General João Figueiredo governava. Em 19 de outubro deste mesmo ano, o pomposo Figueiredo determina, pelo Decreto n.º 88.888, o estabelecimento de medidas emergenciais na área do Distrito Federal e nos dez municípios goianos mais próximos. Pelo decreto, nos dias em que vigorassem as medidas de emergência, o exército assumiria o controle da segurança pública, garantiria a vigência da proibição às manifestações de rua, patrulharia os aeroportos e todas as vias de acesso ao Distrito Federal. As rádios e as TVs também ficariam impedidas de transmitir ao vivo a sessão da Câmara em que ficaria apreciada a emenda das Diretas Já!

Ainda em 1983 tomam posse os primeiros 22 governadores eleitos diretamente após golpe militar de 1964. É criada a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e nasce Fernando. Mas quem diabos é Fernando?

Bem, caríssimos leitores, Fernando é um idiota. Mais um, dentre tantos que estão nas ruas do país. Fernando defende a volta do militarismo tupiniquim e estava presente na manifestação da última quarta-feira (26), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Fernando é só Fernando, sem sobrenome, pois tem medo de retaliações Ele, inclusive, se apresenta mascarado, pelo mesmo motivo covarde. “A gente não mostra a cara porque nossas exigências são radicais”, disse em entrevista concedida à Folhapress.

Engraçado pensar que Fernando não viveu a Ditadura Militar. Ele não foi perseguido, não foi espancado, não foi torturado ou extraditado. É só um imbecilzinho que ouviu conversas do papai com os titios, sobre os “drogados e hippies que hoje comandam o país”.  “Uma balburdia”, dizem eles. “Bom mesmo era na Ditadura! Esse País tinha ordem”, complementam e Fernandinho brilha os olhos.

Mas nem só de ignorância dialética vive o movimento que abraça os milicas. “Na frente do Parque Trianon, a aposentada Elis Regina Nogueira, 48 anos, estava perdida. Veio de Ribeirão Preto, no interior do Estado, para uma manifestação marcada pelo Facebook para às 17h em prol da tomada de poder pelas Forças Armadas, mas não encontrou ninguém. ‘O pessoal em São Paulo é meio atrasado, né?’”, relatou a homônima da cantora Brasileira (que deve se revirar no caixão frente à xará) também para a Folha. Mas quem é realmente atrasado por aqui, hein dona Elis?

Elis nasceu um ano após o golpe. Tinha 19 anos quando a ditadura “acabou” e, portanto, pressupõem-se, deveria ter formado senso crítico suficiente para perceber que aquilo tudo foi uma grande cagada. Mas não! A pobre ainda não limpou a bunda!

O teor fecal se aplica também ao patriotismo antipartidário que se dissemina aos quatro ventos. No portal R7, da Rede Record de Televisão (propriedade do nefasto bispo Macedo), uma notícia aponta a excrescência ignorante. “Manifestantes são contra ‘qualquer bandeira’ fora a brasileira em protestos”, assinala a reportagem.

Para a ativista Carla Zambelli – outra demente – “os atos são contra a corrupção” e “o tema das tarifas era muito ‘restrito’”.

Carla arremata com presteza de um arqueiro cego com Parkinson, afirmando que “não existe direita e esquerda, mas o que é bom e o que é ruim”. 

E bom é o que? – nos perguntamos.

Ela responde: “Talvez eles (grupos que defendem o militarismo) estejam certos em dizer que Forças Armadas tenham de tomar conta. A gente quer que os fichas-sujas saiam do Senado e do Congresso. Mas como tirá-los? Não há demissão. Então a Comissão de Ética tem de entrar, ou as Forças Armadas tirá-los dali. Mas eu acho que não precisa ser as Forças Armadas, pode ser o próprio povo”, conclui, com a certeza e a confiança de um furão que tenta empreender a construção de uma pirâmide.

Mas os problemas não se encerram nesses estúpidos isolados. “No feriado de 1º de maio, o instituto de pesquisa Datafolha divulgou uma pesquisa, restrita à capital paulista, para conferir se os paulistanos apoiariam a implantação de uma ditadura no Brasil. (o número de entrevistados não foi divulgado).

Os resultados foram: “53% dos entrevistados disserem concordar com a afirmação: ‘democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo’”. Outros 19% escolheram: ‘em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático’.

“Tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura” foi a escolha de 20% . “Os 8% restantes se dividem entre quem se declarou explicitamente favorável a uma ditadura e os que respondem ‘não sei’”.

“Em verdade, a história só surpreende aos que de história nada entendem”, já dizia um pensador que deveria ser mais lido nos dias de hoje. E os fatos apontam que, nem a experiência prática (falha) das pessoas tem se mostrado mais contundente que o conhecimento histórico – que, todavia, falta à maioria.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Deus irá salvar os protestos, em breve

A ocorrência de eventos que, por acaso, se dão ao mesmo tempo e que parecem ter alguma conexão entre si é a definição dada pelo dicionário para a palavra “coincidência”. Parece-me, entretanto, que tal “fenômeno” aplica-se muito raramente à política e, declaro, não é o caso nas diversas determinações dos atos reivindicatórios que têm ocorrido no país.

“Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem”, afirma o editorial do jornal O Globo, datado de 2 de abril de 1964, cujo conteúdo celebra o Golpe Militar brasileiro.

Adiante no texto, encontramos novas similaridades ao atual discurso: “Este não foi um movimento partidário [...] A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém”.

Há pouco, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) anunciaram em entrevista à Rádio CBN que “O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade com relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação (da tarifa)", afirmou Douglas Beloni, do MPL. O MPL é o principal responsável pelos atos no Estado de São Paulo e, inicialmente, jamais havia tratado os partidos políticos como "outros partidos", dado que o MPL não é um partido político, dizem.

Em vídeo do Portal Terra, vemos o grupo denominado “Os Nacionalistas” tomarem bandeiras de partidos esquerdistas aos gritos de “oportunistas”.

Na quinta-feira (20), a onda de protestos atingiu centenas de cidade do País. Em muitas delas, atacaram o chamado “patrimônio público” – em Brasília, tentaram invadir o Palácio do Itamaraty. Não houve sucesso.

Copa das Confederações
Tudo isso ocorre no ano em que são realizados os jogos da Copa das Confederações no Brasil. Segundo informações do portal UOL, a “Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento”.

O cancelamento acarretaria em rombo nos cofres públicos, tanto pelo investimento já realizado no evento, quanto pela indenização, prevista pela Lei Geral da Copa, que assinala: “A União responderá pelos danos que causar, por ação ou omissão, à FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores”.

A presença dos militares se coloca possível. Na mesma reportagem, vemos as declarações da Agência Brasileira de Inteligência (ABI). De acordo com o coronel Messeder, chefe de comunicação da 4ª Região do Exército Brasileiro, há 1.600 homens prontos para agir em Minas Gerais para garantir a segurança do Estado durante o evento. “Basta que o governador Antonio Anastasia solicite. Estamos prontos”, diz o capitão.

Coincidências?
A revista Veja, pela internet, publicou artigo assinado pelo jornalista Gabriel Castro, no qual afirma: “Subitamente, os quase 60% de aprovação da presidente Dilma Rousseff nas últimas pesquisas de opinião não pareceram um escudo forte o suficiente para protegê-la. Dilma viu mais de 1 milhão de pessoas aderirem aos protestos ao lado de seus assessores mais próximos

A preocupação atingiu a Presidência da República e ocorre, agora mesmo, uma reunião entre a presidente Dilma Rousseff e ministros da Casa.

Seguindo a leitura, encontramos uma estranha declaração: “Descentralizado, com bandeiras difusas e genéricas, mas grande potencial de articulação, o grupo que toma as ruas é exatamente o público-alvo da Rede, o partido que a ex-senadora Marina Silva deve formalizar nos próximos meses. Assim como Marina, esses jovens defendem um novo jeito de fazer política, mas não explicam exatamente o que isso significaria”. 

“Coincidentemente”, está marcada para às 15h desta sexta-feira (21) o encontro de Dilma com Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Marina é protestante. O Protestantismo é um dos principais ramos juntamente com a Igreja Romana e a Igreja Ortodoxa do cristianismo. A CNBB é um organismo permanente que reúne os Bispos católicos do Brasil que, conforme o Código de Direito Canônico, “exercem conjuntamente certas funções pastorais em favor dos fiéis do seu território, a fim de promover o maior bem que a Igreja proporciona aos homens, principalmente em formas e modalidades de apostolado devidamente adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar, de acordo com o direito” 

Complementando (pós-post):
Parece que, realmente, a intenção é a implantação de um "caos" que justifique a presença de forças políticas renovadas. Essa notícia do Partido Militar Brasileiro (PMB - em vias de ser legalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral) demonstra o verdadeiro oportunismo nas reivindicações - midiaticamente difundido como oriundo dos partidos políticos esquerdistas.:


Joaquim Barbosa será convidado para disputa presidencial pelo Partido Militar


O nome do ministro Joaquim Barbosa, atual presidente do STF (Superior Tribunal Federal), lidera a lista de prováveis candidatos à presidência da República pelo PMB (Partido Militar Brasileiro), legenda que está em processo final de legalização junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A informação foi confirmada pelo idealizador do partido, Capitão Augusto Rosa, no início da semana. Segundo ele, Barbosa possui todos os requisitos necessários para assumir o cargo por sua competência e senso e justiça. “A postura do ministro diante de grandes escândalos, como no caso do Mensalão, por exemplo, comprova a intolerância de Barbosa quanto à corrupção. Essa postura vem ao encontro aos ideais do PMB, que está em busca de candidatos que possam resgatar a moralidade na política nacional”, enfatizou Rosa.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestação carinhosa é a nova onda do pedaço

Uma patente dicotomia do movimento contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo está em andamento. Existem agora, de acordo com o senso comum e a mídia, dois agentes e eles, no interior do próprio manifesto, se opõem. De um lado, manifestantes carinhosos carregam flores e abraçam policiais, cantam o hino nacional e hasteiam a bandeira do Brasil. De outro, os chamados “vândalos”, “baderneiros”, “arruaceiros” e “oportunistas” destroem o patrimônio público e são colocados como elementos contrários ao movimento em si. Está todo mundo errado.

A besteiragem já começa no fato de os partidos políticos – atualmente posicionados na esquerda – serem impedidos de demonstrar sua determinação partidária sob a acusação de estarem usurpando o movimento. Caceta, enquanto metade dessa molecada estava tomando Nescau e chupando o cobertor para dormir os partidos já estavam aí, fazendo manifestações que, antes, eram colocadas – por imprensa e governantes – genericamente como baderna. Agora, com a ascensão do protesto carinhoso, partidos não devem participar e quem ataca os patrimônios também não. Quem sobra: os patriotas que, por pura ignorância, não percebem a linha tênue existente entre este patriotismo e o nacionalismo, comum à ordem nazista e fascista.

Datena afirmou em certo ponto que “é preciso respeitar a bandeira do Estado. Pessoas morreram para defendê-la”. Bom, Datena, me desculpe... Mas se morreram defendendo o Estado, morreram como meus inimigos e pelas mãos de meus aliados.

A Bandeirantes pontuou em diversos momentos que “não foi possível, sem a presença da Polícia Militar conter a situação”. Para o Datena, as “pessoas que  vieram só para apedrejar o prédio” deveriam, ser “pegos”. “Quando forem pegos... o pau vai comer”, antecipava ele. Todos colocaram que a atitude foi oito ou oitenta. Ou a polícia vem e dá porrada, ou assiste inerte à destruição.

Não tenho dados suficientes para definir o plano que se coloca, por parte da classe dominante de proprietários e governantes, para minar as reivindicações. Mas uma coisa é certa: entre elas está a polarização do protesto, no qual, de um lado os benéficos e pacíficos manifestantes desfilam pela cidade e, do outro, os baderneiros e saqueadores se aproveitam da boa vontade de um povo que “acordou”. Também no bojo da sabotagem deste movimento está a inflação de suas exigências. Por todos os canais de TV o que se vê é a tentativa de, por intermédio de supostos especialistas (cientistas políticos e filósofos) demonstrar que os manifestantes foram “muito além da tarifa”. A Globo News, inclusive, colocou o seguinte GC: “Protestos reivindicam eficiência nos gastos públicos em Saúde, Educação e Transporte”.

Me recuso a acreditar que seja somente ignorância. É fato que encher o protesto com determinações diversas terminara por esvaziá-lo de conteúdo prático, transformando-o em – parece ser intento de todos os envolvidos negativamente – uma grande passeata em favor de um Estado de direitos democráticos. Um Estado reformado...

Mas não esqueçamos: o que importa não é reformar o Estado, mas sim erradicá-lo. Sua base é o pauperismo (a pobreza extrema) e sua existência é indissociável dele. Ele não pode ser melhor para o povo, pelo fato simples de que o povo estar na pior é premissa de sua existência.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Quanta beleza cabe num protesto?

Hoje o Brasil despertou azulado. Tive a oportunidade de acompanhar o protesto que saiu de Santo André e seguiu até a manifestação na Avenida Paulista e uma coisa é necessária ser dita: realmente não houve em momento algum qualquer tipo de violência.

Na tão regulada Paulista os manifestantes marcharam sorridentes. Cantavam o Hino Nacional assistidos por imóveis agentes policiais que, encostados nas paredes, eram apenas coadjuvantes – perigosos figurantes – do ato de protesto.

A situação era tão democrática que eu não duvidaria se, de repente, as pessoas começassem a vomitar em verde amarelo. Era praticamente um Réveillon – com um saldo de vítimas muito menor.

Por todos os lados as autoridades se colocam, agora, a favor dos protestos – exceto o foco deles, é claro. Lula, Dilma, Fernando Henrique... Todo mundo acha uma beleza. Inclusive, “lindo” foi a palavra que mais vi nas descrições do protesto realizadas nas redes sociais. “Foi Lindo!!!”, repetiam. Não sei se um protesto deve ser lindo. É pagar para ver no que vai dar. Não fico muito otimista. O sangue ainda atrai mais adeptos e temo que a ausência dele termine por dispersar o grupo – mas estou falando somente de SP e não sou favorável ao derramamento de sangue, não dos manifestantes.

É fato que na sociedade do espetáculo o que não dá ibope também não dá resultado. Prova disso é a aderência em massa de pessoas para o movimento após o apoio – oportuno, frente aos ataques sofridos por profissionais – da grande imprensa. “O Povo acooordou!” e o despertador foi os tiros de borracha que acertaram jornalistas.

Toda beleza, agora, deve ser pesada frente aos resultados. Muito se diz sobre a incrível “onda de protestos”. A maior desde 1992, quando “o povo” exigiu o impechment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Só não esqueçam: o alvo da luta de ontem, é o senador de hoje. A manifestação popular não deve ser uma prática isolada no tempo. Um gigante que desperta. Mas sim, uma ação tão comum quanto a cerveja do fim do expediente.

Enquanto o povo gritava: “você aí parado, também é explorado”, os explorados, parados, ainda não tinham certeza se trocavam o aconchego da exploração dos outros pelo desconforto de sair de casa. Eles ainda não sabem de nada!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Estão desafiando a polícia"

Marcelo Rezende
A abordagem midiática da manifestação contra o aumento na tarifa dos ônibus em São Paulo, ocorrida nesta quinta-feira (13) beira o ridículo. Estima-se que cerca de 10 mil pessoas estiveram no local. A polícia, de fato, baixou o cacete. Quem conhece manifestações sabe que dentre tantos indivíduos, alguns são imbecis. - há confirmações oficiais, inclusive, de agentes da polícia infiltrados, quer tipo mais imbecil que esse? Mas vamos à cobertura.

Na Record, Marcelo Rezende colocava cenas em looping fingindo ser ao vivo para dizer que o pau estava comendo. Manifestantes se ajoelhavam frente aos policiais e ele gritava extasiado:“estão desafiando a polícia!”.

Datena da Bandeirantes, por sua vez, mostrava uma manifestação repleta de paz e amor. Até Gandhi foi citado pelo “jornalista”, que repetia incessantemente: “político tem medo de manifestação pacífica. Se não tem ‘pau’, eles não podem por a culpa em ninguém. É um ‘show de democracia'!”, dizia efusivamente.

A Globo News dividia a imagem apresentando, de um lado, a manifestação, de outro o trânsito na cidade. A grande preocupação das repórteres era comentar quantos quilômetros de carros ocupavam São Paulo no momento. Já pensavam que teriam de desmarcar os compromissos à noite, no Terraço Itália.

Ninguém, por acaso, pensou em colocar, quem sabe, um link em Santos, esperando o “monárquico” Alckmin sair de sua “decorosa” palestra sobre o “louvável” José Bonifácio para dar declarações sobre a ação da polícia – que é de responsabilidade do governo do Estado. Porque ninguém correu atrás do Haddad? Questões, quantas questões sem resposta...

Mas é assim e pronto! Esse jornalismo, numa guerra, colocaria uma reportagem especial sobre a empresa que produz o pino da granada. “Uma incrível tecnologia que associa aço e fibra de carbono!”. Mudando de canal, a guerra já teria acabado e, noutra emissora, encontraríamos uma notícia sobre a incrível violência que os cidadãos cometem contra as minas terrestres. "Minas sofrem com andarilhos desatentos". Aí, diria o repórter: “Estão desafiando as minas! Tem que pisar nas coitadas? Olha por onde anda! Elas não têm culpa de estar enterradas!”. 

Moral da história: para quem não participa, é melhor assistir desenho animado.