segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Matou a família e foi fumar maconha - porque odeiam baseado e amam aspirina?

No me gusta atacar textos ponto a ponto. Sempre me pareceu uma prática um tanto covarde e sem propósito. Porém, quando o escrito está em tópicos, que outra forma de proceder?


A pérola deste calorento início de semana chegou via e-mail. Os autores buscam apontar atitudes para reduzir o uso de drogas dentro de condomínios, utilizando da expertise fundada no fato de serem “ex-oficiais do exército e do serviço secreto israelense”, como indica a descrição do release (CARALHO!).

Os maiores prejudicados nessa caça aos bruxos são, SEMPRE, jovens em fase de experimentação da vida. Mas é claro, os pais sempre sabem, assim como os vizinhos, os policiais, os governantes e toda sorte de pseudo sapiens que se possa encontrar neste mundo moderno de Deus.

A primeira dica é “Evite discussões”. A ideia é mais ou menos caguete o pivete para a mãe dele e espalhe a notícia para todo o resto do condomínio. Eles continuam no mesmo tópico: “Ao perceber uma ação suspeita (aquele cigarro é industrializado ou de artista, se pergunta a vizinha fofoqueira), não interfira e informe imediatamente, e de forma discreta (sussurrando ao telefone), seu síndico, a equipe de segurança ou os responsáveis, no caso de menores”.

O segundo ponto, de tão mal encaixado, abriu precedente para um novo tópico. O autor afirma: “Para inibir essas ações, solicite a instalação de placas indicativas com os dizeres: ‘Sorria, você está sendo filmado’”. Então, pensa o autor: “talvez esses drogados não sejam tão burros quanto penso. Já que colocamos as placas, porque não as câmeras?”. Assim, desdobra o texto: “Solicite à administração que instale câmeras em locais que possibilitem essa prática”.

Mas claro, não é uma campanha antidrogas se não houver situações de exposição pública do problema. Sendo assim, vamos encher a cabeça de todo mundo com minhocas durante as reuniões de condomínio. “Peça ao síndico que aborde o tema em reuniões condominiais”. “Promova ou incentive o tema em reuniões condominiais”. “Promova ou incentive palestras educativas no condomínio”.


Que legal! Gostei particularmente da dupla opção dos dois últimos tópicos: “promova ou incentive”. Ou seja, se você não quiser promover a parada, encha o saco de outro para fazer no seu lugar! Afinal, o filho drogado é o dele, não o seu, que é um anjo!

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