No
me gusta atacar textos ponto a ponto. Sempre me
pareceu uma prática um tanto covarde e sem propósito. Porém, quando o escrito
está em tópicos, que outra forma de proceder?
A pérola deste
calorento início de semana chegou via e-mail. Os autores buscam apontar
atitudes para reduzir o uso de drogas dentro de condomínios, utilizando da expertise fundada no fato de serem “ex-oficiais
do exército e do serviço secreto israelense”, como indica a descrição do
release (CARALHO!).
Os maiores prejudicados
nessa caça aos bruxos são, SEMPRE,
jovens em fase de experimentação da vida. Mas é claro, os pais sempre sabem,
assim como os vizinhos, os policiais, os governantes e toda sorte de pseudo sapiens que se possa encontrar
neste mundo moderno de Deus.
A primeira
dica é “Evite discussões”. A ideia é mais ou menos caguete o pivete para a mãe dele e espalhe a notícia para todo o resto
do condomínio. Eles continuam no mesmo tópico: “Ao perceber uma ação
suspeita (aquele cigarro é industrializado ou de artista, se pergunta a vizinha
fofoqueira), não interfira e informe imediatamente, e de forma discreta (sussurrando
ao telefone), seu síndico, a equipe de segurança ou os responsáveis, no caso de
menores”.
O segundo
ponto, de tão mal encaixado, abriu precedente para um novo tópico. O autor
afirma: “Para inibir essas ações, solicite a instalação de placas indicativas
com os dizeres: ‘Sorria, você está sendo filmado’”. Então, pensa o autor: “talvez
esses drogados não sejam tão burros quanto penso. Já que colocamos as placas,
porque não as câmeras?”. Assim, desdobra o texto: “Solicite à administração que
instale câmeras em locais que possibilitem essa prática”.
Mas claro, não
é uma campanha antidrogas se não houver situações de exposição pública do
problema. Sendo assim, vamos encher a cabeça de todo mundo com minhocas durante
as reuniões de condomínio. “Peça ao síndico que aborde o tema em reuniões
condominiais”. “Promova ou incentive o tema em reuniões condominiais”. “Promova
ou incentive palestras educativas no condomínio”.
Que legal!
Gostei particularmente da dupla opção dos dois últimos tópicos: “promova ou
incentive”. Ou seja, se você não quiser promover a parada, encha o saco de outro para fazer no seu lugar! Afinal, o
filho drogado é o dele, não o seu, que é um anjo!
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