sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quem é Robsbaum Trilha?

Ele é bêbado e pervertido. Sua trajetória libertina é repleta de trepadas com mulheres sensuais, porres homéricos e brigas colossais. Seu nome é Robsbaum Trilha, o mais indecente ser vivo que já pisou no ABC.


Foi com surpresa que este que escreve atendeu o telefone numa certa madrugada e teve o prazer de ouvir a voz rouca e embolada de Robsbaum. “E aí, seu puto!”, disse ele. “To todo fodido”, continuou, “Tem alguma merda pra escrever aí?”. 

Sempre tem, respondi.

Acontece que o “estar todo fodido” de Robsbaum significa, nove em dez vezes, mulher. O encanto que exerce no sexo oposto é superado somente pela presença tóxica de seu caráter, e palavras como constância, segurança e prudência jamais foram incorporadas ao vocabulário deste iminente jornalista, o que por fim, juntamente ao seu alcoolismo proeminente, dava fim a todos os seus relacionamentos.

Sim, claro, Robsbaum Trilha exerce essa que deve ser a segunda dentre as mais antigas profissões do mundo – pois, surgida a categoria de prostituta, a de jornalista procederia naturalmente.

Mas Robsbaum é também um desgraçado! Reza a lenda que sua presença emana um fator de morte que destrói tudo ao redor – uma maldade, pois a verdade é que participou da decadência de tantas coisas, entre pessoas e lugares, não por ser o responsável pela bancarrota, mas por ser a última esperança aos desesperados (justificava ele).

Não se tem notícia de filhos ou casamento na vida de Robsbaum. Algumas paixões, certamente. Todavia, o amor sempre foi um “cão dos diabos”, parafraseava ele, resgatando o velho Buk, de forma que sempre manteve um cômodo espaçoso no coração, destinado a amar o amor em si, não a figura na qual o sentimento insiste em recair. Em outras palavras, o negócio de Robsbaum é meter, e só.

“Estou me mudando pra aí, consegue algum esquema pra mim?”, perguntou ele.

“Vou falar com uma galera!”

“Pode ser qualquer porra. Só quero pagar o aluguel e o bar!”

“Demoro!”

O telefone é desligado. Robsbaum vem aí!


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