Um
saldo evidente da série de protestos ocorridos no ano passado foi a
visibilidade pública dos casos de agressão policial. Em relação aos
profissionais da imprensa, por exemplo, um estudo da associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo (Abraji), realizado em dezembro, aponta que dentre 113
casos analisados de violência deliberada contra jornalistas, 78,6% partiu de
policiais – 77% deles ocorreram após o profissional se identificar como tal.
Nunca
apanhei em protesto – correr da polícia é arte antiga no 2° Subdistrito
andreense. Mas isso não exclui o fato dos coxinhas,
sim, baixarem o cassete ao menor sinal de extensão do expediente – a polícia fica
puta quando o protesto não acaba na hora ou ocorra qualquer exaltação .
E
de onde surgiu a ideia de manifestações terem hora para começar e acabar? – com certeza de alguma figura
intelectualóide, postada entre a crença democrática e a prudência covarde.
Que
seja!
De
acordo com nota publicada na Revista de
Jornalismo ESPM, o “estudo mostra que foram agentes do Estado os que mais
tentaram inibir os jornalistas em seu trabalho por meio da força”. E quem nunca
viu um policial sem identificação nos protestos? A borrachada é inominável!
Impedir a reportagem é só mais um jeito de tirar o crachá (e com ele a responsabilidade).
A
notícia se desdobra: “Críticos identificaram na hostilidade de alguns
manifestantes contra repórteres ou veículos de suas empresas prova de que a
sociedade rejeita a atividade (jornalística)”. Porra, lógico que rejeita! Ao
menos os que participam da ação rejeitam, simplesmente porque a categoria de carboidrato frito não é exclusividade
dos policiais, e tem muito jornalista que, para não chamar de coxinha – que fica melhor de farda –
prefiro nomear como pastel – pipoca por
fora e não tem nada dentro. E tenho dito!
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