sábado, 25 de janeiro de 2014

Policiais e jornalistas: o encontro da coxinha e do pastel

Um saldo evidente da série de protestos ocorridos no ano passado foi a visibilidade pública dos casos de agressão policial. Em relação aos profissionais da imprensa, por exemplo, um estudo da associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), realizado em dezembro, aponta que dentre 113 casos analisados de violência deliberada contra jornalistas, 78,6% partiu de policiais – 77% deles ocorreram após o profissional se identificar como tal.

Nunca apanhei em protesto – correr da polícia é arte antiga no 2° Subdistrito andreense. Mas isso não exclui o fato dos coxinhas, sim, baixarem o cassete ao menor sinal de extensão do expediente – a polícia fica puta quando o protesto não acaba na hora ou ocorra qualquer exaltação .

E de onde surgiu a ideia de manifestações terem hora para começar e acabar?  – com certeza de alguma figura intelectualóide, postada entre a crença democrática e a prudência covarde.

Que seja!

De acordo com nota publicada na Revista de Jornalismo ESPM, o “estudo mostra que foram agentes do Estado os que mais tentaram inibir os jornalistas em seu trabalho por meio da força”. E quem nunca viu um policial sem identificação nos protestos? A borrachada é inominável! Impedir a reportagem é só mais um jeito de tirar o crachá (e com ele a responsabilidade).


A notícia se desdobra: “Críticos identificaram na hostilidade de alguns manifestantes contra repórteres ou veículos de suas empresas prova de que a sociedade rejeita a atividade (jornalística)”. Porra, lógico que rejeita! Ao menos os que participam da ação rejeitam, simplesmente porque a categoria de carboidrato frito não é exclusividade dos policiais, e tem muito jornalista que, para não chamar de coxinha – que fica melhor de farda – prefiro nomear como pastel – pipoca por fora e não tem nada dentro. E tenho dito!

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