segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Diário do Apocalipse (republicação)

À flor da pele. Esta é a definição mais exata dos ânimos na Palestina. Desde a volta do filho de Deus, Jesus Cristo (Céu), na última terça-feira (9), a guerra entre os soldados divinos e satânicos está literalmente em chamas. A ofensiva de Cristo, que aparentemente ganhava território, recuou diante o ataque da Besta de Dez Chifres que subiu do mar. De acordo com a assessoria de Deus, sob responsabilidade do Apóstolo Pedro (Terra/Céu), a derrota está sendo analisada. No entanto, nenhuma nota oficial foi divulgada.
É preciso ponderação neste momento. Estamos mobilizados e pretendemos prender Satanás (Hell) por mil anos em breve”, afirmou Pedro durante a coletiva de imprensa, improvisada em Israel. Em nota divulgada pelas forças do mal, a rendição não é cogitada.

Pragas
Até o fechamento desta edição, três pragas já haviam sido derramadas sobre a Terra. Segundo a assessoria divina, elas somente atingiram os que possuíam a marca da Besta. Contudo, não souberam responder qual é essa marca e nem o número exato de vítimas.
O chefe de gabinete divino, São Jorge, afirmou em declaração oficial que entre os mortos, também haviam cristãos. “Cristo deu um tiro no pé. Isso é inadmissível e eu levarei ao conhecimento do Grande Pai (Deus). Com essa ofensiva, a Babilônia será a morada de demônios por muito mais de mil anos”.
Procurado por nossa reportagem, Cristo declarou estar seguindo o protocolo (Bíblia). “Não sou responsável por marcar os condenados. Isso é trabalho do Judiciário”, afirmou ele, que se comprometeu a abrir uma sindicância para apurar a atuação dos Anjos.

Jesus Cristo vem sendo alvo de acusações de despreparo diante do comando da batalha. A Associação de Canonizados do Reino de Deus (ACRD), entidade formada em sua maioria por Papas e religiosos que já morreram, chegou a veicular um panfleto de protesto. “Transformar água em vinho e curar aleijados qualquer um consegue. Mas e agora, quem prende a Besta?”, indagava o folhetim.

Para entender a ressurreição
O assessor de imprensa João foi o primeiro a se encontrar com Cristo. Segundo ele, quando o viu caiu “a seus pés como morto”. Porém, “ele pôs a mão sobre mim dizendo: ‘não temas. Eu sou o primeiro e o último”, afirma o Apóstolo referindo-se a ocasião em que foi socorrido durante uma crise de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue).

Após o ocorrido, Pedro notificou o retorno divino, sendo nomeado para a pasta de assessoria de imprensa, antes ocupada por Moisés. A oposição, liderada por Judas Iscariotes (Terra/Purgatório), move uma ação acusando Cristo de nepotismo. Cristo se defende, dizendo que é impossível distribuir cargos de confiança sem cometer tal improbidade, uma vez que todos são filhos de Deus.

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