O
pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB, Nilson Bonome, adquiriu uma porcentagem significativa do jornal Diário do Grande ABC. A
informação é de fonte que atua diretamente com o diretor-presidente do Diário –
e um dos magnatas dos transportes na região –, Ronam Maria Pinto.
Bonome
já era figura comum nos corredores do Diário. Após não conseguir vaga como
chefe do Executivo andreense, sendo derrotado por Grana – o qual, inclusive,
não apoiou no segundo turno, optando por Aidan – o político passou a circular
no periódico sob o argumento de que, ali, instalara um escritório.
Estranho,
não?
Se
assumirmos que um ponto sem nó foi dado, podemos concluir que a proximidade com
Ronan o levou à citada aquisição. Mas muito raramente fios desamarrados fazem
parte do métier da política.
Pensando
no lado eleitoreiro da coisa, ter o controle – ainda que parcial – do mais
aclamado jornal da região é um negócio da
china. E neste processo a decadência completa de tudo que o jornalismo
representa – ou deveria representar – é inevitável. Infelizmente, hoje é comum
que administradores de empresa controlem os jornais, e, inclusive, suas linhas
editoriais – que, claro, se tornam condizentes com seus interesses econômicos.
Normal: tudo é um produto no mundo moderno, principalmente a informação.
E
se o asco do Diário em relação às
administrações que não anunciam em suas páginas já é acentuado, a inclusão de
um candidato em seu quadro de chefia provavelmente fará com que isso se torne a
pedra fundamental do jornalismo praticado pela publicação.
Oremos,
caros jornalistas! Peçamos ao santo protetor das redações - no meu caso é Hunter S. Thompson - que ilumine a mente
dos leitores, pois dias pesarosos virão, e isso não estará escrito no gibi (que
convenhamos, anda muito mais confiável que a maioria dos jornais!).
Procurado
para comentar o caso, Bonome não retornou as ligações realizadas pelo Cafife.
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